Ordem

Despe-te
De palavras doces e sorrisos meigos
Despe até a cor do teu olhar
Hoje eu quero o corpo rasgado de dor
Lágrimas a sulcarem a candura da pele
E raiva cravada nas unhas

Desce dos teus passos delicados
E da leveza das sombras
E crava em sangue se preciso for
As tábuas do chão onde caminhas

Deixa as páginas dos teus escritos
E as imagens perfeitas dos dias bonitos
Hoje eu quero ouvir-te
Gritar em chamas os ódios
E queimar pessoas em palavras incandescentes
Quero de ti o ácido dos pensamentos

Hoje sou eu a mandar
E o meu querer é o teu ser
Hoje é força
E tu
Deixas-me

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